Voltando aqui depois de tanto tempo, como um lugar seguro, um esconderijo de infância. Aquele lugar em que se volta na esperança de encontrar resquícios de uma outrora.
Mas, mesmo em outra outrora, está autora nunca esteve aqui, se não pelo ego de achar que poderia escrever sobre o mundo em seu peito. Ego duplo, acreditar que pode escrever, acreditar que pode ser, acreditar...
Sempre os mesmos caminhos, como ainda posso me perder por onde sempre estive?
Como posso me encontrar onde nunca fui?
Eu tento... eu penso, eu sinto. Mas, não existo, não sou, não faço. Mesmos círculos viciosos, as mesmas palavras confusas, as mesmas indagações.
Nesse momento essas palavras dançam pela minha mente, atravessam o coração e escorregam pelos meus dedos, com a esperança que aqui, nessa tela, elas possam "fazer/ser" sentido.
Não saber o que sentir é um sentimento? Porque eu sinto que não sentir é sentir tanto.
Só preciso encontrar uma versão melhor de mim. Quem sabe eu possa encontrá-la por aqui, novamente...
Tentar já é o bastante para quem sempre quer e não sai do lugar.
Há de haver dentro de mim um refúgio para o "ser".
Ainda há de ser, "soul".