sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Um refúgio



Voltando aqui depois de tanto tempo, como um lugar seguro, um esconderijo de infância. Aquele lugar em que se volta na esperança de encontrar resquícios de uma outrora. 

Mas, mesmo em outra outrora, está autora nunca esteve aqui, se não pelo ego de achar que poderia escrever sobre o mundo em seu peito. Ego duplo, acreditar que pode escrever, acreditar que pode ser, acreditar...

Sempre os mesmos caminhos, como ainda posso me perder por onde sempre estive?
Como posso me encontrar onde nunca fui?

Eu tento... eu penso, eu sinto. Mas, não existo, não sou, não faço. Mesmos círculos viciosos, as mesmas palavras confusas, as mesmas indagações.

Nesse momento essas palavras dançam pela minha mente, atravessam o coração e escorregam pelos meus dedos, com a esperança que aqui, nessa tela, elas possam "fazer/ser" sentido. 

Não saber o que sentir é um sentimento? Porque eu sinto que não sentir é sentir tanto.

Só preciso encontrar uma versão melhor de mim. Quem sabe eu possa encontrá-la por aqui, novamente...

Tentar já é o bastante para quem sempre quer e não sai do lugar. 
Há de haver dentro de mim um refúgio para o "ser".

Ainda há de ser, "soul".





quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Talvez seja o seu jeito de olhar por baixo levemente de lado, como quem diz "vai ficar tudo bem".
Talvez seja sua voz calma e doce, sinfonia de paz que, mesmo de mansinho, atropela tudo em mim.
Talvez seja o seu abraço com cheiro de segurança e refúgio.
Talvez seja a forma que ele se move, o seu jeito de andar despreocupado.
Talvez seja a sua forma de sorrir com todo  o corpo.
Talvez seja o seu coração gentil e amoroso e sua forma de se preocupar com todos.
Talvez seja a sua timidez evidente em um sorriso de lado quando te olho.
Talvez seja a forma que os cachinhos dançam sobre o seu rosto.
Talvez seja a sua luz que resplandece por onde você passa.
Talvez seja o meu amor.
Talvez seja você, eu gostaria que fosse você.
Será você, é você e seremos enfim, mas só o começo de nós.





segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

E se...? (pensamentos de uma tarde nostálgica)

Talvez o amor não concretizado seja o único capaz de ser eterno. A idealização da pessoa amada, a curiosidade do sabor dos beijos e toques, a eterna angústia do "e se", talvez, e só talvez seja melhor do que o amargo da certeza do desamor outra vez.


Para você J.C
Brasília, 09 de Fevereiro de 2015

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

...


Como uma planta que se não for regada, morre. Assim são os sentimentos. Eles precisam do mínimo de cuidado possível. Com os problemas, a rotina, o trabalho, costumamos esquecer de cultivar pequenas gentilezas que fazem toda a diferença no seu dia-a-dia e no dia do outro. A cada palavra ríspida, a cada amanhecer que se estende sem um "como vai você", a cada vácuo após um "estou com saudades", "se cuida", "fique bem", sufoca o que um dia germinou como um presente genuíno de Deus.

quarta-feira, 30 de julho de 2014




Que venha as tempestades para reforçar as bases, equilibrar o ar, lavar os erros, porque além do sol é necessário a chuva para florescer o ser!

terça-feira, 27 de maio de 2014

...

E quando estou quase desistindo, você chega sorrindo, assim de mansinho... estampando na boca o motivo da minha insônia e me pedindo para voltar!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

terça-feira, 20 de maio de 2014

Sobre o tempo para quem espera...

Tantas coisas que anseiam em ser ditas. Tantos beijos que desejam ser dados. O tempo parece que passa devagar para aqueles que têm fome da presença física de alguém. E assim, arrastam-se os minutos, horas, dias e semanas. O tempo é volátil quando se trata de você. Um dia me disseram que é preciso manter os pés no chão e não ter pressa, mas teimosa que sou, desfiz de todo o medo e de todos os conselhos, recolhi minhas poesias, guardei meus melhores beijos e voei...voei até você. 

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Sobre o amor, o tempo, e o fim

Os sons dos seus passos se aproximavam...
Eu não conseguia vê-lo. Nem tocá-lo. Metaforicamente.
Apesar de caminhar em minha direção, a distância nunca diminuía.
Não sei se eu estive longe demais todo esse tempo, ou os passos dele eram vagarosos demais.
Não importa o quão perto esteja sempre estará longe.
Essa distancia é confortavelmente perturbadora, já que o perto deveria significar proteção, e não ao contrario.
Posso te tocar fisicamente, mas nunca saberei se cheguei ao fundo de ti.
Posso te olhar nos olhos, mas não consigo ler sua alma.
Posso te beijar a boca, preenchida com o sabor da incerteza de que sai dos seus lábios.
Posso ter entre os braços, mas nunca farei parte do mundo que você quer abraçar.
E com todo o devaneio que inunda os meus olhos. Enxuga-os com os seus dedos, e prova o salgado do sentimento que tenho por você.
Tento não me mostrar abatida, insignificante é me esconder de ti. Eu sou outdoor do meu amor.
Com um sorriso acalentador, me toda nos braços, me beija a boca, no intuito de calar as insanidades escarradas de mim.
Balbucia sons... não sei o que poderia me dizer, e talvez tenho medo do que iria sair daquela boca dona do meu deleite.
Coloco a cabeça em seu peito, e poderia até arriscar o que sairia, já que o seu coração dançava descompassado junto ao meu.
Poderia ele estar fluído de toda a turbulência de emoções que me tomavam ali?
Alguns segundos abraçados, os sons das batidas, os olhos úmidos, e o só um pensamento/sentimento: a perda.
Seu abraço carregava a carga de quem se vai... mas, não como alguém que sai para trabalhar.
Balanço a cabeça, no intuito de que ela parasse de girar em pensamentos tortuosos.
Os passos lentos até a porta, não parecia querer partir.
Antes que ele fosse, eu tão egoísta quis para mim o sabor agridoce daquela boca, novamente...
- Me dá um beijo?
Um sorriso, um beijo longo, um coração apertado.
Passos... E sua imagem dissipando no tempo da minha vida.
Porque todos os dias são tic-tac para o final.
Mal começou, e já se sabe que um dia irá acabar!

A mortalidade é o mau do amor.




Sweet home



E assim de bem perto, eu posso sentir o meu mundo na cor dúbia dos seus olhos. Garoto, você põe cor no meus dias antes grises. E espero que não leia essas linhas e saibas que me tens nas mãos. Suas mãos, seus braços, seu sorriso, sua barba, sua boca, é onde eu quero morar, porque com você eu me sinto em casa.