As luzes estão apagadas...
Uma música calma no fundo cria a atmosfera perfeita para a ocasião.
Os dedos tocam suáveis, deslizando com a pressa de acompanhar o desejo do seu dono.
A mente entra em estado de uma quase hipnose. A sua atividade cerebral nada tem de racional, é pura emoção transbordando em cada palavra, em cada linha.
Tudo em uma só sintonia, mente, coração e mãos.
As palavras vão tomando o ritmo da música, e até a respiração acompanha a cadência do desejo de traduzir tudo o que se sente.
Escrever é como o mais prazeroso sexo...
Prepara-se o ambiente. A alma se despe de toda a racionalidade. Nua, nítida em frente ao espaço
As preliminares são as primeiras palavras, o desejo vai tomando corpo, ou melhor, vai tomando as linhas.
Então, se introduz os sentimentos, os amores, as desilusões, e toda incompreensão que emana de ti para o papel. E assim, sucessivamente para um outro ser, algum leitor dos seus devaneios escritos.
Os dedos caminham depressa pelo teclado. Às vezes parecem cobiçar ser mais rápidos do que o fluxo de pensamentos.
E quando o clímax se aproxima, a mente se acalma, os músculos relaxam, o coração se enche de poesia, e tudo termina com um suspiro profundo de um assassino, depois de matar todo o seu desejo.
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