sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Gabriela, Luiza, Carolina, Nardiane, Carla, Amanda, etc...

E se perguntassem o que vem a ser o certo, Gabriela olharia com a cabeça torta como a de um cachorro quando parece não compreender o que se passa. O olhar de repente vidrado de quem tem sede de entender as coisas que acontecem ao redor. Ela não sabia amar, talvez. Então mais um amor havia ido embora, mais um amor havia chegado ao fim. Nessa imensa individualidade onde ninguém podia entristecê-la sempre cresciam espinhos. Espinhos para machucar aqueles que a machucavam, então assim não a tocavam. Não tocava porque o medo da mágoa não deixava que lhe tocassem, ou então havia medo porque não haviam tocado fundo o suficiente para que o medo não existisse. Que triste então estava sendo, mas Gabriela parecia acostumada. Acostumada e fria porque depois de tantas lágrimas, ela finalmente parecia ter secado. A maquiagem borrada em volta dos olhos tinha sido limpa na noite anterior. Quando Antônio e ela se encontraram; ela parecia inteira. Inteira porque não tinha ficado nada dela para trás. Seus olhos eram de desilusão, de cansaço. Cansada de construir sonhos, planos, fantasias. E depois da desilusão ter de destruir uma a uma, como se nada daquilo tivesse um dia existido, só para olhar para trás e não sentir nada do que sentira antes. Era mais um fim doído, choroso, arrastado. Fosse o ponto final sua última lágrima de dor, já havia então sido decretado. Decretado num discurso mudo, num adeus em silêncio. Dito através de tudo daquilo que não havia sido falado. Antônio não parecia prestes a dizer nada. Gabriela não diria; se pudesse escolher, teria ficado calada, mas lhe escapou: “Meu coração tá ferido de amar errado. De amar demais, de querer demais, de viver demais. Amar, querer e viver tanto que tudo o mais em volta parece pouco. Seu amor, comparado ao meu, é pouco. Muito pouco. Mas você não vê. Não vê, não enxerga, não sente. Não sente porque não me faz sentir, não enxerga porque não quer. A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos sempre foi sua. Sempre fui só sua. Sempre quis ser só sua. Sempre te quis só meu. E você, cego de orgulho bobo, surdo de estupidez, nunca notou. Nunca notou que mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar. Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem. Homens que gostam das coisas simples. Eu não sou simples, nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você, meu homem, é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado. Seja feliz.”


Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Vai passar...


"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O outono está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez'..."

(Caio F. Abreu)



Ultimamente não estou conseguindo escrever. Parece que me repeti. Que cansei de mim. Então colocarei algumas poemas, trechos de alguns autores, mas que tem muito a ver com meu momento, meu sentir, com minha dor. Porque às vezes parece que me encontro por aí, em uma palavra, uma imagem, uma música, um poema, em você. Quem sabe assim, eu volte para mim!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011


Porque com apenas uma palavra sua, meu coração se abre cheio de esperança.
Deveria ser ilegal você ter esse tipo de domínio sob mim!
E se for para te prender, que você se prenda em meus braços.



Tamanho da fonte

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O problema em ser inconstante

O problema de ser inconstante às vezes é não acreditar no que se está sentindo. Falei sobre isso hoje com uma pessoa no msn. Eu sempre fui de ter amores platônicos, hoje amo e geralmente quando se concretizam, passam =/. Meus sentimentos fortes aconteceram por pessoas que eu não sentia absolutamente nada no começo. Hoje? estou in love, não sei por quanto tempo vai durar, mas, sei que enquanto durar, relacionamentos não se concretizarão. Pq eu curo as minhas fossas sozinhas, até agora não substitui uma paixão por outra. Até pensei que tivesse feito isso, mas olhando bem, no máximo foi uma boa química! Boa pro ego, por sinal!
Eu estou curiosa para saber o final de tudo, e viva o meu pessimismo ou sexto sentido, o que seja, sei que de duas uma, ou ele(dito cujo) não virá, ou virá e não dará certo! Mas, to querendo pagar p ver, e daí?
Assim, resolvendo, fico livre de mim logo aushuashusa!
Prefiro que as coisas aconteça, por acontecer, ocasionalmente, do que de forma premeditadas, apesar, que dps do casual(de sucesso), se planeja sim! É por isso, que não gosto de falar sim, ou não, até porque sempre me contradigo (e muitooo) então to aprendendo ficar calada, e tomar mais atitudes. Porque meu querer, às vezes não é poder, mas se depender de mim, eu me viro. Se não, fazer o que?!
Prefiro agir assim, acho a sinceridade a melhor escolha! Se não quer, se não ama? sem problema, só não ajude a criar expectativas na outra pessoa. Ser sincero, polpa tempo e muitooo!

#ficaadica



agora vou dormir, pq virei a madrugada lendo e pensando... espero deitar na cama, e que essa minha cabeça oca não tente girar em pensamentos =x

=**


domingo, 23 de janeiro de 2011

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Have you ever seen the Rain?




Risos...
Com algumas palavras, acertou em cheio o meu íntimo.
Acho até engraçado, será que sou tão transparente assim.
Minhas fraquezas estão tão expostas?
É tão fácil me atingir?

Razão x Emoção... Eu tão instável, não é verdade? Eu juro que tento manter o equilíbrio, entre a razão e a emoção. Sempre tendo mais para uma. Pq ninguém é puramente só razão, ou só emoção.
Essa é a minha esperança. Me encontrar nos seus detalhes. E esperar que você se encontre no meu todo.


E agora estou escutando " Have you ever seen the Rain?" - Creedence

E acho essa letra tão apropriada para o momento:
"I want to know, have you ever seen the rain?
Comin' down on a glorious day"
( Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva
Caindo em um dia glorioso?)

Eu me acho tão chuva... E vc é tão sol

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Amor não se pede

Falei...Mesmo não querendo falar.
Disse as minhas verdades, mesmo não querendo acreditar em obviedades.
Para alguns expor sentimentos, é tão humilhante.
Para mim, humilhante é viver a sombra de sentimento não correspondido.
Porque amor não se pede, é uma pena!

"Não temo o desamor, o meu medo é o amor excessivo." (Carpinejar)

Lei

E que para cada ausência sentida, eu saiba dar valor as presenças que continuam.
Para cada palavra afiada, eu saiba sorrir e inundar o coração de amor.
Que para cada tropeço, que eu saiba levantar sem desanimar.
Para cada erro, que eu saiba aprender a recomeçar.
E que para cada beijo de amor, que eu também saiba raciocinar.
Porque errar é permitido. Aprender é necessário e Evoluir é preciso.

#PorqueNenhumaDorÉtãoRuimAssim

Monólogo da madrugada

Monólogo 1

"Passei por essas linhas, talvez com a intenção de não ir para cama.

Espero que não invada meus sonhos essa noite.

Sonhos... sonhos. Que ironia!

Quem disse que é preciso dormir para sonhar.

Meu pesadelo é simplesmente está com os olhos bem abertos.

Maldita maturidade adquirida com a decepção.

A cada passo para frente, dois retrocessos para trás.

Sabe, é para manter uma distância segura.

Opa! O que faço a tua frente tantos metros. Acho que contei passos errados.

Droga! Mais uma vez!

A minha velocidade de amar é diferente. Eu tenho ânsia de ser feliz.

Desculpe-me querido, eu pensei que desejava o mesmo que eu.

Devo voltar ao início. Não te preocupes, o importante é que ainda caminho.

Peço perdão pela insistência. Sei que alguém te feriu um dia.

Eu sei que tens medo. Ok, ok, sei também que não sou a peça certa do quebra-cabeça. Mas, já está na hora de se abrir novamente.

Não, não. Não me entendas mal. Não peço servidão eterna. Diga lá momentânea.

E nem peço para mim...

A verdade é que odeio ver pombas se transformarem em corvos.

Hey querido escute-me: Ainda possuis asas. "

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Fato

Assisti ontem o filme Brilho eterno de uma mente sem lembranças
Me fez pensar muito, e por um momento desejei poder apagar da memória várias lembranças;
Mas, depois de rolar na cama até as 4 da manhã; e desejar do fundo do meu coração que você estivesse pensando em mim, pelo menos por um segundo. Percebi que acabei inventando tudo isso. Não sei dizer se você realmente existiu, ou se é ilusão da minha cabeça. Pensando bem, deve ter sido ilusão, já que se alguém como você existisse, não sumiria assim.

E só ilusões desaparecem como surgiram!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011




Além da porta há paz eu tenho certeza,
Eu sei que não haverá mais lágrimas no céu.

(TEARS IN HEAVEN -Eric Clapton)

Auto-análise


Sempre fui uma pessoa sincera comigo e com os outros. Essa minha sinceridade excessiva já me trouxe alguns problemas. Algumas pessoas já se aproveitaram dela e outras, até gostam de conversar com alguém que vai te falar o que realmente esta sentindo.

É fácil ter nas mãos um sincero. Se ele falar que te ama, acredite. E se ele falar que te odeia, acredite também. É fácil se apoderar de sentimentos que são expostos à vista de qualquer um. Sem distorções. Pelo menos no momento em que são ditos.

É e assim que me sinto. Como uma pedra imanizada de sentimentos.

Geralmente, as pessoas se aproximam, ouvem verdades, absorvem sentimentos e se vão...

As poucas que chegam e permanecem não são muito diferentes de mim, e a amizade nasce da convivência e troca de sentimentos, verdades e apoio.

Não julgo almas que se utilizam de outras, no intuito de sugar boas coisas. O problema é levar e não deixar nada. É querer que a outra pessoa se doa do verbo doar e também doer, e nada ter para oferecer. E o pior: NÃO querer oferecer nada.

Hoje, ainda estou em construção da mulher que devo ser. Ainda tem muito de menina em mim. Claro, os contos de fadas já se foram. E apesar de ser sagitariana, acho até que sou muito pessimista. Sempre penso que o pior vai acontecer, e isso acaba acontecendo. Mas, no final o otimista de uma boa sagitariana aparece. Percebo que o pior não é tão ruim, e antes saber o final do que permanecer na dúvida.

Não sou de me arriscar; meço pesos infinitas vezes, e escolho por muitas vezes os caminhos mais difíceis, com plena consciência. Sim, sou tão esperançosa no ser humano (e sou tão contraditória). Acredito que as pessoas são mutáveis, apesar de ter visto pouquíssimas vezes, além da mudança pela dor que ocorre em mim.

A minha racionalidade é uma furada, porque o que penso é o que não devo fazer (risos). A maioria das alternativas de sucesso são aquelas que a minha emoção comanda.

Eu sou inconstante. E só o que consta em mim é amor, sincero e profundo amor pela vida, pelas pessoas. É verdade, amo o próximo demais, e isso é meu calvário, pois me esqueço da base que é amar a si primeiro.

Eu gosto de bichos. Amo cachorros. Aprendi a gostar de gatos. E não resisto a um vira-lata sarnento, se pudesse pegava todos. Talvez, se não tivesse feito jornalismo, poderia ter feito veterinária, mas também amo história, e o que falar da psicologia, da mente humana. Acho que escolhi o certo, porque o jornalismo abrange tanta coisa. Não me vejo em exatas, sou totalmente humana(s), apesar de calcular as falhas e os acertos que dou.

E têm dias, que me sinto melhor sentada na praça vazia, do que em casa, e têm outros, que rezo para ninguém bater na porta da minha casa, porque amo cultivar introspecção solitária. Amo a solidão, ela é uma ótima companhia. Mas, sinto falta da presença física de muitas pessoas, principalmente das que irradiam energia. Eu sou um espelho, se tu vens sorrindo, é isso que reflito para ti. Mas, se vem com tempestade é isso que vou transmitir. Não é questão de: “Olho por olho, dente por dente”. É simplesmente, porque eu sou a energia que você transmite, sou totalmente influenciável por forças que me rodeiam. Por isso não gosto de ver ninguém triste; sem exageros, eu sou capaz de ter uma depressão se conviver muito com alguém que a tenha.

Ah, duvido muito que alguém me leu até aqui. E se leu, percebeu que falo demais, na verdade, escrevo demais, falar nem tanto assim. Eu não queria dizer isso, mas não me sinto animada com esse ano. Tenho tantos medos... E na verdade sei que isso não vai acontecer, mas só queria que alguém sincero e com amor aparecesse para florir com os dias grises. E no fundo só quero estar errada com o pressentimento que sinto. Eu quero errar, mais uma vez!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Só queria que você estivesse aqui, e me tirasse dessa escuridão =(

essa saudade ta machucando d+