Postarei em partes
Parte 1
Sete.
Esse é o número da idade onde tudo havia começado. O número das vezes que ela tentaria fugir, e o número das vezes que ela fracassaria.
Sete. O número das letras que compõem o seu nome.
B-e-a-t-r-i-z
Uma menina que tinha a vida selada pelo número sete. O sete que representava misticamente o algarismo da sorte, havia se tornado um acompanhante indesejável no percurso de Beatriz.
Talvez por um deboche do destino a mãe daquela menina havia batizado e marcado o sete na vida da filha.
Na madrugada do dia 03 de Abril de 1989, Ana Maria sentiu as primeiras contrações, era o prelúdio da vinda da menina, que mesmo antes da sua chegada já era uma especialista em ser deixada para trás. O seu pai a abandonou ao saber que ela viria ao mundo, e por inúmeras vezes tentou convencer Ana Maria a interromper a gravidez. Mas, a mãe da menina sabia que em seu ventre carregada uma mensageira da alegria, mas não sabia que a alegria vinha com a sua outra face já extirpada, a dor.
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